quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Resenha: Jan Akkerman e Banda: Um Mix de Tendências Sonoras e Culturais

Jan Akkerman e Banda:
Um Mix de Tendências Sonoras e Culturais *

Auditório Ibirapuera – 24/11/2007


Quem esteve no Auditório Ibirapuera para assistir o show do guitarrista holandês Jan Akkerman, ex-Focus, não saiu decepcionado. Solos, especialmente de violão, não faltaram ao espetáculo, mostrando que o músico continua em ótima forma. Porém, não foi uma apresentação de um artista solo, e sim de uma banda sólida e coesa. Um trabalho em equipe realizado com dedicação e entusiasmo.
O exímio tecladista holandês Mike del Ferro é um músico que sabe exatamente o que deseja, o resultado que pretende alcançar e como obtê-lo. Não desperdiça notas musicais. Mesmo nas improvisações, ele tem a noção perfeita de como introduzir, desenvolver e finalizar uma linha melódica.
Os músicos brasileiros foram fundamentais: o baterista Marcio Bahia colocou muitos ritmos locais durante as composições, captou o suingue jazzista com habilidade, às vezes optando por linhas vigorosas, em outros momentos contando com levadas sutis. Na transição para o rock, como em “Hocus Pocus”, imprimiu o peso que a música exigia.
Ney Conceição, o baixista, sempre que foi chamado aos solos não perdeu a chance de mostrar tudo o que sabe. Durante as músicas, foi um parceiro indispensável para a cozinha rítmica de Bahia, fornecendo uma base vigorosa para as músicas.
“Central Station” é uma composição curiosa: Akkerman abre no estilo flamenco até chegar a uma seqüência sonora que recorda o chorinho brasileiro. A deixa perfeita para Bahia, que acrescentou uma série de levadas tipicamente brasileiras. A fusão foi uma surpresa que agradou bastante o público.
Del Ferro e Akkerman foram buscar uma canção napolitana de 1902, “Torna a Surriento”, também conhecida como “Surrender”, sucesso de Elvis Presley. A interpretação de dupla ganhou um tom distinto, sereno, com nuances sonoras suaves.
Akkerman é um seguidor da teoria da inovação: é fundamental estar atento aos novos tempos, recriar e reciclar ao máximo seu antigo repertório. Por este motivo, o clássico do Focus, “Hocus Pocus”, teve os riffs básicos de guitarra inalterados, mas com o acréscimo de uma grande dose de improvisações.
O mesmo aconteceu com outras composições da banda holandesa. “Sylvia”, a pedido pelo público, recebeu um tratamento acústico, bem diferente da versão original, e “Love Remembered” veio na versão do álbum orquestral Aranjuez.
O show foi um confronto entre tendências culturais e sonoras que teve um único vencedor: o público. Foi um privilégio desfrutar do som destes músicos.

Ciro Hiruma é jornalista, publicitário e marketing manager. Já escreveu para publicações como Rock Brigade, Audio News, Modern Drummer, Guitar Player, Cover Guitarra e Cover Teclado.

* Ciro escreveu este artigo especialmente para o blog da Plataforma Brasil Holanda.

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Jan Akkerman and the Band:
A blend of sound and cultural trends *
Auditório Ibirapuera – November 24, 2007


Those who were at Auditório Ibirapuera to see Dutch guitarrist Jan Akkerman’s (ex-Focus) show, were not disappointed. Solos, guitar in particular, abounded, showing that the musician is in his top shape. But it wasn’t a soloist’s performance and yes, of a solid and cohesive band, a teamwork accomplished with dedication and enthusiasm.
The virtuoso pianist Mike del Ferro is a musician who knows exactly what he wants, the result he wants to achieve and how to obtain it. There is no waste of notes. Even in improvising, he has the perfect notion of how to introduce, develop and round up a melodic line.
The Brazilian musicians played key roles: the drummer brought out many local rhythms in his compositions, captured skillfully the jazz swing, sometimes choosing vigorous lines, other times going for subtleties. In the transition to rock, such as in “Hocus Pocus”, he rendered the weight that the music demanded.
Ney Conceição, bass, on every call for solo, didn´t waste the chance to show all he knows. In the music, he was an indispensable partner to the rhythmic kitchen of Bahia, providing a vigorous base for the music.
“Central Station” is a curious composition: Akkerman opens in flamenco style and then up to a sequence of sound that reminds of Brazilian `chorinho´. The perfect link for Bahia, who added a series of typically Brazilian renderings. The union was a surprise that pleased the audience a lot.
Del Ferro and Akkerman reached out for a 1902 Napolitan song, “Torna a Surriento”, also known as “Surrender”, an Elvis Presley hit. The duo´s interpretation rendered a distinct, serene tone with smooth sonic nuances.
Akkerman is a follower of innovation theory: it´s essential to be attentive to new times, recreate and recycle maximally your old repertory. This is why, the Focus´classic, “Hocus Pocus”, had basic guitar riffs intact, but with the addition of a large dose of improvisation.
Same thing happened with other compositions by the Dutch band.“Sylvia”, on audience´s demand, received an acoustic treatment, very different from the original version, and “Love Remembered” came up in the version of orchestral album Aranjuez.
The show was a confrontation between cultural and sonic tendencies that had a single victor: the public. It was a privilege to enjoy the sound of these musicians.

Ciro Hiruma is journalist, advertiser and marketing manager. He has written for other publications such as Rock Brigade, Audio News, Modern Drummer, Guitar Player, Cover Guitarra and Cover Teclado.

* Ciro Hiruma has written this article especially for the blog Plataforma Brasil Holanda

domingo, 25 de novembro de 2007

Inenarrável...................... (sobre a turnê)

De La Paz a São Paulo... da ansiedade ao êxtase... de Hocus Pocus a Mas que nada (de Jorge Ben)... humm, Hocus Pocus a Mas que nada?? Ou seria: Hocus Pocus e Mas que nada??? Tudo foi possível em mais uma edição memorável do Plataforma Brasil Holanda Jazz.

Foram cerca de 15 dias de pura interação, troca de experiência e informação, unindo diferentes estilos e influências musicais.

Dois brasileiros e dois holandes, quatro FERAS da música, Jan Akkerman, Mike del Ferro, Marcio Bahia e Ney Conceição reunidos pela primeira vez, especialmente para esta turnê.

Qual foi o resultado??? Com certeza, um gostãoo de quero mais e um espaço a menos disponível na memória...

10 e 11/11 - Bolívia


Jan Akkerman, Mike del Ferro, Marcio Bahia e Ney Conceição se apresentaram no dia 10, em La Paz, no Centro Sinfônico Nacional que teve a apresentação aberta pelo duo Chili-Bolivia com músicos chilenos e bolivianos. Dia 11, fizeram um show que antecedeu o Primeiro Festival Sulamericano de Jazz que aconteceu na cidade de Santa Cruz, na Bolívia, dos dias 19 a 24 de novembro.

Centenas de pessoas prestigiaram os concertos que foram marcados pela energia e maestria dos músicos cujo repertório, mesclado pela fusão de gêneros como a bossa nova, samba, blues, funk e jazz, levou os públicos presentes ao êxtase.

Primeiro Festival Sulamericano de Jazz




O Primeiro Festival Sulamericano de Jazz aconteceu de 19 a 24 de novembro na cidade de Santa Cruz, Bolívia.

O principal organizador do evento foi o Jass Inc que é uma associação que tem o intuito de promover o ensino da música para os jovens e, para este projeto, contou com o respaldo de David Mamani, diretor da Revista Cultural de Informação e Crítica Livre de Arte (Reciclarte)

Durante esses dias, foram realizadas diversas atividades ligadas ao jazz. Uma das principais atrações do Festival foi o Brasil Holanda Jazz Connection, formado pelos músicos Jan Akkerman, Mike del Ferro, Marcio Bahia e NeyConceição.


Arte e foto retirados de http://reciclarte-bolivia.blogspot.com/
Consultei também os seguintes sites:
http://www.eldeber.com.bo/2007/2007-11-01/vernotaescenas.php?id=071031205809

http://reciclarte-bolivia.blogspot.com/

14 /11- Cuiabá


Retirado de www.fotolog.com/vanguart/15825352


Após tocarem em Santa Cruz, os músicos embarcaram direto para Cuiabá onde fizeram um show no dia 14 de novembro, no Clube Feminino, em mais uma edição do Plataforma Brasil Holanda Jazz.

Jan Akkerman, Mike del Ferro, Marcio Bahia e Ney Conceição se apresentaram sozinhos e também com bandas locais como Vanguart e Macaco Bong.

Este espetáculo seguiu a mesma premissa: sucesso total!!!

Sobre as bandas mato-grossenses:


Vanguart


Foto retirada de http://rodrigoedipo.wordpress.com/2007/08/28/

Com um pé no folk e outro no rock alternativo, a banda Vanguart, de Cuiabá, torna-se a cada dia referência do que se convencionou chamar de "Movimento Fora do Eixo". O primeiro CD do quinteto, com 14 faixas, foi lançado em agosto, por meio de um encarte da revista "Outracoisa".

Compõem o quinteto Hélio Flanders (voz e violão), David Dafré (guitarra e voz), Luiz Lazzaroto (teclados), Reginaldo Lincoln (voz e baixo) e Douglas Godoy (bateria). O projeto começou em 2002, com apresentações solo de Hélio. Aos poucos, os amigos se juntaram e há dois anos deram o primeiro suspiro de vida à Vamguart.

De lá para cá eles participaram de eventos independentes de Norte a Sul, estiveram nas duas últimas edições do prêmio VMB oferecido pela MTV e foram cotados para o Tim Festival, no Rio de Janeiro.


Myspace: http://www.myspace.com/vanguart



Macaco Bong



Macaco Bong nasceu em Cuiabá (MT) no ano de 2004 como um quarteto de rock instrumental. Logo no ano de 2005 a banda se tornou um power trio, permanecendo com a proposta de rock instrumental com conteúdo musical.
Baseado na desconstrução dos arranjos da música popular em seus formatos convencionais e aliada à linguagem das harmonias tradicionais da música brasileira com jazz/fusion/pop e etc, o Macaco Bong não quer concretizar rótulos relativos às variedades nas vertentes dos gêneros musicais em suas composições, tudo isso aplicado tanto na estética quanto no conteúdo do rock'n'roll .

Atualmente a banda é integrada por Bruno Kayapy (guitarra), Ynaiã Benthroldo (batera) e Ney Hugo (baixo). Macaco Bong foi destaque nos principais festivais que fazem parte da rota do circuito Fora do Eixo, além de shows esporádicos como headliner nas principais casas noturnas de São Paulo, Outs Bar, Milo Garage, Satva Bar, Casa Belfiori, Funhouse, Studio SP e Oásis Bar, recebendo críticas positivas dos vários meios de comunicação especializados como Revista Bizz.


Myspace: http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=119971145


16/11 - Salvador

Fotos de Priscila Pedro. Montagem de Tami Matuoka. Ensaio do Ilê Aiyê na sede. Apresentação do Brasil Holanda Jazz Connection no Pelourinho
Os músicos permaneceram em Salvador, do dia 15 a 18, onde se apresentaram com o bloco afro Ilê Aiyê, no Pelourinho, numa apresentação que levou o público presente ao delírio.

Os batuques envolventes do Ilê Aiyê com os acordes impecáveis da guitarra de Jan Akkerman juntamente com os músicos do gabarito de Mike, Marcio e Ney só poderiam resultar em uma apresentação no mínimo extasiante e inovadora!

Além do show no Pelourinho, os músicos se apresentaram no Solar do Unhão, no Projeto Jam no Mam, para mais de 800 pessoas!

Ainda em Salvador, Mike e Jan conheceram o Galpão Cheio de Assuntos, do artista plástico Peu Meurray e prestigiaram os ensaios do Ilê Aiyê.

Ilê Aiyê


Ilê Aiyê, primeiro bloco afro da Bahia, inicia sua história em 1º de novembro de 1974, no Curuzu-Liberdade, bairro de maior população negra do pais: 600 mil habitantes.
O objetivo da entidade é preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira, para isso, desde que foi fundado, vem homenageando os países, nações e culturas africanos e as revoltas negras brasileiras que contribuíram fortemente para o processo de fortalecimento da identidade étnica e da auto-estima do negro brasileiro, tornando populares os temas da história africana vinculando-os com a história do negro no Brasil, construindo um mesmo passado, uma linha histórica da negritude.


O seu movimento rítmico musical, inventado na década de 70, foi responsável por uma revolução no carnaval baiano. A partir desse movimento, a musicalidade do carnaval da Bahia ganha força com os ritmos oriundos da tradição africana favorecendo o reconhecimento de uma identidade peculiar baiana, marcadamente negra. O espetáculo rítmico-musical e plástico que o bloco exibe no Carnaval emociona baianos e turistas e arranca aplausos da população.

A riqueza plástica e sonora do Ilê Aiyê retoma todas as formas expressadas na evolução dos movimentos de renascimento negro-africano, negro-americano ou afro-americano, as decodifica para o contexto específico da realidade baiana, sem perder de vista a relação de identificação entre todos “os negros que se querem negros” em qualquer parte do mundo, ressaltando sempre o caráter comum da origem ancestral, de um passado comum que nos irmana.


Com 3 mil associados, o Ilê Aiyê é hoje um patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de reafricanização do Carnaval da Bahia.

JAM no Mam

O projeto JAM do Mam acontece sempre aos sábados no Solar o Unhão e é uma mistura de estilos musicais a partir do jazz, sem, contudo, ter obrigação de seguir um repertório. Qualquer músico pode participar das sessões, através de improvisos jazísticos de standards do jazz e blues, bossa-nova e outros ritmos brasileiros.

Texto baseado no site: http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/na-midia/impresso/jam-do-mam-com-jazz-e-bossa-nova-a-partir-das-18h

Galpão Cheio de Assuntos


As pesquisas sobre reciclagem de pneus começaram em 1998 e, hoje, o "Galpão Cheio de Assuntos", espaço cultural criado por Peu Meurray é utilizado para a realização de shows e atividades socioculturais com jovens e crianças carentes de Salvador. O trabalho é desenvolvido por meio da ONG Tambores de Pneus que, segundo o músico, já beneficiou mais de mil crianças e adolescentes.

No espaço, frequentemente visitado por artistas famosos como Ed Motta e Marisa Monte, os jovens desenvolvem oficinas culturais de teatro, artes plásticas, dança, música e cidadania. Alguns fazem parte da banda Os Pneumáticos e outros até tocam profissionalmente. De tão inusitada, a reciclagem de pneus de Peu Meurray se tornou conhecida no Japão, Itália e cidades brasileiras como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.Artistas consagrados como Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Arnaldo Antunes, gravaram músicas de Peu.

Com 20 anos de trajetória musical, ele se apresentou com grandes nomes como Marisa Monte e Daniela Mercury, com quem gravou o DVD Eletrodoméstico, em 2003.Artistas internacionais, como Lorenzo Jovanotti e a banda italiana Negrita também fazem parte do rol de parcerias do artista baiano. Meurray participou ainda de importantes eventos, a exemplo do Festival de Ferrara, na Itália, e do Salão de Automóveis, em São Paulo, além de desfilar com seus instrumentos no carnaval de Salvador.

Trecho retirado de: http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/na-midia/impresso/peu-meurray-faz-apresentacao-especial-no-pelourinho




20/11 - Buenos Aires

Teatro Ateneo








23 e 24/11 - São Paulo


O Brasil Holanda Jazz Connection se apresentou dias 23 e 24 no belíssimo Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Apenas um décimo do show. Conseguem imaginar o resto???


Dia 23/11. Primeiro show em São Paulo. E que show!!!


Dia 24/11. Sensacional!!!!!



É tango, é blues, é rock, é samba, é funk, é jazz, ... simplesmente GENIAIS!!!


Grande abraço para Jan, Mike, Ney e Marcio que, além de excelentes músicos, são seres humanos fantásticos! Vocês são o MÁXIMO!

Tami TM.


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Considerações Finais – ORGANIZAÇÃO e APOIOS

Coordenação Geral
WZM Plataforma Brasil Holanda - Joëlke Offringa e Coraly Pedroso

Produção
Produção Executiva: Priscila Pedro
Assistente de Produção: Tami Matuoka


Assessoria de Imprensa
Tami Matuoka

Brasil
Produtores Cuiabá, Salvador, São Paulo: Priscila Pedro

Bolívia
Coordenação: Harmen van Dijk e Birgit Ellefsen
Produção: Danilo Rojas

Argentina
Coordenação: Roby Aidenbaum
Produção: Roby Aidenbaum


Apoios e Parceiros:
Parceiros no Brasil: Embaixada do Reino dos Países Baixos em Brasília / Consulado Geral dos Países Baixos de São Paulo / Prefeitura Municipal de Cuiabá / Secretaria de Cultura de Cuiabá / Pelourinho Cultural / Fundação Cultural do Estado da Bahia – Funceb / Gafisa S/A (patrocínio do show em São Paulo)

Parceiros na Bolívia: Embaixada do Reino dos Países Baixos na Bolívia

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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Jan Akkerman


Jan Akkerman nasceu em 24 de dezembro de 1946 em Amsterdan, Holanda. Genial guitarrista que já foi considerado o melhor do mundo em 73 pela revista Melody Maker, ofuscando Clapton, Page e Beck. Ficou famoso ao integrar o legendário grupo de música progressiva Focus. Com quase 50 anos de carreira Akkerman adquiriu respeito e grande reputação mundial.

Começou a tocar guitarra quando aos 5 anos. Foi incentivado por seu pai que era guitarrista, mas sua mãe queria que o jovem tocasse acordeon. Felizmente Akkerman escolheu ser guitarrista, embora tenha tido lições de teclados e saxofone. Na adolescência seu interesse musical ia desde o rock'n roll ao clássico. Ainda adolescente formou sua primeira banda, o The Friendship Sextet. Depois tocou no The Shaking Hearts e Johnny & His Cellar, que contava com a partcipação do baterista Pierre van der Linden. Após algumas mudanças a banda se chamou The Hunters, que teve relativo sucesso. Durante a curta duração da banda, Akkerman gravou seu primeiro disco solo Talent for Sale (68).

Em 69 foi convidado a participar do disco do vocalista Kazimierz (Kaz) Lux, junto com Pierre van der Linden na bateria e André Reynen no baixo. Esta gravação resultou na formação da banda Brainbox. Realizaram apenas um disco e a banda foi considerada a número um de rock progressivo da Holanda. No final de 69 Akkerman deixa a banda. No mesmo ano conheceu o flautista Thijs Van Leer durante a montagem da versão holandesa do musical Hair. Van Leer criou o grupo Focus que inicialmente era formado pelo baixista Martin Dresden, o baterista Hans Cleuver, além Van Leer nos vocais, flauta e teclados. Mas, a banda precisava urgentemente de um guitarrista. Em novembro Jan Akkerman foi convidado a participar de uma jam no The Shaffy Theatre com o trio de Van Leer, uma sugestão do baixista Martijn Dresden.

Akkerman não só entrou para o Focus, mas também exerceu grande influência em sua sonoridade, incorporando elementos da música clássica. Cabe ressaltar que Akkerman em viagem na Inglaterra, nos meados da década de 60, assistiu a um concerto de violão e alaúde do renomado Juliam Bream, que o deixou fascinado, principalmente pelo repertório com músicas medievais.

Em 1970 o Focus lançou seu primeiro disco In And Out Of Focus. Mas o sucesso só veio com o segundo disco Moving Waves (71) , onde se destaca as músicas Hocus Pocus e Eruption, que contém solos inflamados de Akkerman. O terceiro álbum, Focus 3 (72), projeta o grupo mundialmente. O álbum é considerado um dos melhores do rock progressivo. Destaque para a música Sylvia, um dos maiores sucessos do grupo. Depois vieram os álbuns Live at the Rainbow (73) Hamburger Concerto (74) e Mother Focus (75). Este último é um trabalho um pouco atípico do Focus, pois as músicas têm uma mistura de pop e jazz, mas o resultado é extraordinário, como nas faixas Soft Vanilla, Hard Vanilla e Focus IV. No período em que integrou o Focus, Akkerman lançou 2 discos solos Profile (73) e Tabernakel (74). Ambos possuem uma sonoridade que inclui o fusion, rock progressivo e música medieval, com excelentes execuções de Akkerman. Em Tabernakel, garvado nos EUA, participam o baterista Carmine Appice e o baixista Tim Bogart. Devido ao enorme sucesso no Focus, Tabernakel vendeu muito bem. Em 1976 Akkerman deixa a banda devido a problemas de relacionamento com Van Leer.

Após a saída do Focus, começou uma bem sucedida carreira solo. Seus discos sempre apresentam música clássica, jazz, blues e funk. Esta versatilidade faz dele um artista difícil de classificar. Akkerman participou de vários festivais na Europa e gravou um disco ao vivo em Montreaux em 1978. No mesmo ano realiza o álbum Aranjuez, com peças clássicas e que tem a participação do maestro e arranjador Claus Ogerman. Este disco traz no repertório músicas de Rodrigo, Ravel e Villa-Lobos. Em 1985, após 10 anos, reencontrou Thijs Van Leer e realizaram o álbum Focus, que foi de certa forma um fracasso musical. Em 89 foi convidado, pelo produtor Miles Copeland (Police), a integrar o projeto Night Of The Guitar, que resultou em uma tour mundial. Da parceria com Copeland resultou o disco The Noise Of Art. Entre 1990 e 91 trabalhou como músico de estúdio e integrou o Charlie Byrd Trio.





Em 1992 sofreu um sério acidente de carro na Holanda e passou 6 meses se recuperando. Exatamente um ano depois, se casou e gravou o disco Puccini's Café, que fez um certo sucesso. Neste mesmo ano se apresentou no North Sea Jazz Festival ao lado de Thijs Van Leer. Em 1998 e 2001 fez várias apresentações, como convidado, ao lado de B.B. King.


Seu disco mais recente é C.U. gravado em 2003. Lançou também um DVD com apresentações diversas, inclusive mostra improvisações ao lado de Paco de Lucía. Em outubro de 2003 participou do projeto Hendrix Files ao lado do guitarrista Steve Lukater. Este projeto, um tributo ao 60º aniversário de Hendrix, contou com a participação de vários músicos e foram realizadas várias apresentações.



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Eu tinha que colocar este vídeo com essa música aqui... muuito bom! D+!


Tami TM

Márcio Bahia


Baterista e percussionista. Em 1978 ingressou na Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu até o fim de 1980, alternando as apresentações da Sinfônica com a participação em grupos de música popular e rock.

Nesse período, atuou também com grupos de música popular. Fez parte do grupo de percussão da Escola de Música Villa-Lobos (EMVL), com o qual venceu, em 1979, o primeiro concurso da EMVL e Colégio da Orquestra Sinfônica Brasileira, além de ter sido contemplado com o primeiro prêmio como solista.

Em 1994 participou da UK Big Band, formada por Hermeto Pascoal e grupo, além de grandes nomes do jazz britânico. O show da UK Big Band foi saudado pela crítica do jornal britânico The Guardian como "um dos mais eletrizantes concertos de jazz dos últimos anos". Hoje, Bahia divide seu tempo entre o grupo, cursos e workshops ao lado de Itiberê Zwarg, músico com qual compõe uma leitura brasileira da música popular com todas as influências e conhecimentos locais.

Márcio gravou e excursionou com inúmeros astros da música brasileira, incluindo Danilo Caymmi, Roberto Menescal, Wanda Sá, Marcos Valle, Maria Bethânia, Zélia Duncan, Carlos Lyra, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Hamilton de Holanda, Jovino dos Santos, entre outros.

Myspace: (www.myspace.com/marciobahia)

http://www.niteroiartes.com.br/exibe_artistas.php?idartista=458&opc=1




Tami TM.

Ney Conceição


É músico autodidata, contrabaixista, arranjador e compositor. Iniciou sua carreira em Belém do Pará, sua terra natal, tocando com vários artistas locais, inclusive com expoentes do folclore regional. Em 1996 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde deixa escrito seu nome entre os grandes instrumentistas do país.
Tendo participado de inúmeras gravações, e tocado com grandes nomes do cenário musical brasileiro e internacional, como: Airto Moreira, Arthur Lipner - com quem gravou em NY, Carlos Malta, Cláudio Daeulsberg - com quem excursionou pelo Brasil e Europa, incluindo participação no festival de jazz de Montreaux, quando gravaram CD ao vivo, Cláudio Nucci, Danilo Caymmi - fazendo turnês pelo Brasil e Europa, Daniel Gonzaga, Dário Galante, Fátima Guedes, Gilson Peranzetta, Gonzalo Rubalcaba, Jane Duboc, João Donato, João Nogueira, Luíz Avellar, Márcio Montarroyos, Maurício Heinhorn, Marco Rezende, Marcos Amorim, Moraes Moreira, Naná Vasconcelos, Pascoal Meirelles, Paulinho Trumpete, Paulo Moura, Roberto Menescal, Sivuca, Sebastião Tapajós - excursionando por inúmeras cidades brasileiras, turnês na Europa nos anos de 1997, 1998, 1999 e 2000, e América Latina, além da gravação da trilha sonora de um longa metragem, "Lendas Amazônicas", e sete cds de carreira do mesmo, Wanda Sá, Widor Santiago, Wilson Meirelles,Zé Keti e Zé Roberto Bertrami, entre outros.Com Robertinho Silva gravou o cd, "JAQUEDU", no ano de 2000, com quem também viajou pelo Brasil, EUA e Europa. Em 2005 lançou seu primeiro disco solo e todo autoral intitulado "Ney Conceição".
Atualmente, junto com Kiko Freitas e Nelson Faria, faz parte do trio que acompanha o cantor e compositor João Bosco.
Com João Bosco gravou o cd "Malabarista do Sinal Vermelho" e o primeiro DVD do artista, "Obrigado Gente!", e excursionam pelo mundo. Incluindo shows no "Blue Note" de Tókio e New York, e toda a Europa.



Myspace: (http://www.myspace.com/marciobahia)




Tami TM.

Mike del Ferro


Pianista, compositor e arranjador, Mike del Ferro (Amsterdã, 1965) é filho do grande tenor Leonardo del Ferro.

Iniciou seus estudos de piano clássico aos 8 anos de idade e começou a se interessar por jazz ao estudar música contemporânea no Conservatório de Amsterdã onde se diplomou em 1990.

Em 1989, ganha os primeiros lugares no Rotterdam Jazz Piano Competition, Europa Jazz Contest e Karlovy Vary Jazz Contest e reconhecimento internacional por seu estilo próprio e suas improvisações.

Em 1993 conhece Bob Brookmeyer que, impressionado pelo talento de Mike, o convida a estudar em Musikhochschule de Colonia (Alemanha). Sua fama como músico acompanhante, solista, compositor e arranjador o levam rapidamente a realizar trabalhos internacionais. Realizou concertos e gravações com músicos do mais alto nível tais como: Toots Thielemans, Jack DeJohnette, Oscar Castro Neves, Deborah Brown, Scott Hamilton, Richard Galliano, Thijs van Leer (Focus), Jan Akkerman,Harold Land, Norma Winstone, Benny Bailey, Candy Dulfer, Trijntje Oosterhuis, Frank Vaganée e muitos outros.

Sua idéia de unir a ópera e o jazz o levou a explorar um novo território, com o resultado de um grande sucesso em todo o mundo - o CD Belcanto.


Site:
www.mikedelferro.com







Tami TM.